fim

É do fim que se começa. Então, viajante, saímos agora do fim. Da pedra. Da vida de pedra. Estamos renascendo agora neste diário novo. Você e eu, viajante. E se estamos começando esta viagem agora, lembre-se: é importante manter-se vivo. Mesmo que como uma pedra. Vamos, pegue suas coisas.

12 junho 2007

profundis

seu lixo ecoa em mim
sua carne é um soco
que me dói
levanto
devolvo

meu lixo ecoa em meu mundo
e em tudo que existe
eu estou lá
minha bondade é uma faca
que decepa um a um
dos que persistem nele

minhas palavras...
também ecoam em mim
morto
de desejos pútridos

meu eco não sou eu
nem meu mundo
nem você

mudo e surdo eco

2 comentários:

Ana M disse...

"para ser de todos não sou de mim". perfeito. e exato.

bisou

J Alexandre Sartorelli disse...

Eco