fim

É do fim que se começa. Então, viajante, saímos agora do fim. Da pedra. Da vida de pedra. Estamos renascendo agora neste diário novo. Você e eu, viajante. E se estamos começando esta viagem agora, lembre-se: é importante manter-se vivo. Mesmo que como uma pedra. Vamos, pegue suas coisas.

16 novembro 2008

head

suas vozes
em cada tom de ferida
desta parede nua
ecoam dor farpada

minha fuga inimiga
única entre nenhuma
onde desço sem nome
e encontro o lugar de sempre

queimo ao último choro
removo toda matéria
abro os olhos e inexisto
na mesma cara borrada

outras paredes desintegro
outra vez des-íntegro

2 comentários:

J Alexandre Sartorelli disse...

Entre quatro paredes o inferno são os outros...
[]'s

Ana M disse...

entre quatro paredes o inferno sou eu mesma.
às vezes, me sinto pixelada, de tanto que desintegro.
esse poema me fala de mim. não exatamente hj. agora sinto dor na cabeça e queria vomitar fumaça.
bisou