fim

É do fim que se começa. Então, viajante, saímos agora do fim. Da pedra. Da vida de pedra. Estamos renascendo agora neste diário novo. Você e eu, viajante. E se estamos começando esta viagem agora, lembre-se: é importante manter-se vivo. Mesmo que como uma pedra. Vamos, pegue suas coisas.

17 dezembro 2008

terceiro

hapy, happy, happpy
cada ano meu
em olhos maduros
que tento lembrar
meu tempo lento

hoje s~ao tr^es
e gigante maior sou eu
em tr^es anos de vida

30 novembro 2008

fantasia

cada amor caro
e seu custo caro

match point

16 novembro 2008

head

suas vozes
em cada tom de ferida
desta parede nua
ecoam dor farpada

minha fuga inimiga
única entre nenhuma
onde desço sem nome
e encontro o lugar de sempre

queimo ao último choro
removo toda matéria
abro os olhos e inexisto
na mesma cara borrada

outras paredes desintegro
outra vez des-íntegro

05 novembro 2008

conhecimento

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03 novembro 2008

dúvida

neste colo,
solto peito,
inseguro

silencio...vontades

jogo na chuva meus cabelos e vida

enquanto seco meus sonhos e olhos

27 outubro 2008

aa

hoje não amo mais
essa dependência de amar...

só por hoje.

19 setembro 2008

gole

abstido de sentimentos:
absinto.

05 setembro 2008

rocha

com todos os poros fechados
minha respiração presa de medo
com as linhas da face apertadas
meu encanto de horizonte nublado

sem idéias de quereres
minha embriaguez de angústias
sem teimosia de olhar
meu ajoelhar entre céticas realidades

talvez palavras lentas de ser
minha brava paralisia em sentir
talvez corpo trêmulo de saudades
meu rumo torpe de encontrar

seguro sua mão indiferente
penduro todas as minhas virtudes
e espero,
tolo,
mais histórias de você

24 abril 2008

assim

muda de
sorrisos
neste lago
de sons e cheiros
reflexo de saudade

pulso de
liberdade
neste lugar
de alma opaca
brilho de supernova

limite de
extremos
neste peito
de balanço fraco
paralisia de vida

28 fevereiro 2008

4:44 pm

mesmo caminho
todos segundos
seu nome
presente lembrança

naquele filme
reprise sentida
amores diários
futuros sonhados

mesmo caminho
presente lembrança
reprise sentida
futuros passados.

28 janeiro 2008

4:44 am

num
alvorecer de bocas

quero sua carne
faminto

e à primeira luz
não me sentir
podre

não mais.

07 janeiro 2008

tempo

sonho não era
.
vivi tal
utopia
daquelas horas
!
voltei
no tempo
e
quis
mudar
coisas!

ânsia
de
ser
arauto
do porvir
,
consertá-lo
de alguma
maneira
...
qualquer jeito

que
não
me
fizesse
acordar
de
novo

fecho
olhos
e
volto
ao real
:
assim
,
fechado